Eron Pereira Advogados • 20 de outubro de 2025

PIX enviado por engano é possível reaver o valor?

PIX enviado por engano é possível reaver o valor

É possível reaver o valor de um PIX enviado por engano, desde que o erro seja comunicado rapidamente ao banco e o bloqueio da quantia seja solicitado por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central.

O PIX trouxe agilidade às transações financeiras, mas também aumentou o número de casos de transferências realizadas para contas erradas. Em São Bernardo do Campo, muitos consumidores enfrentam dificuldades para recuperar valores enviados por engano, seja por digitação incorreta, troca de contatos ou confusão entre chaves.


Apesar de parecer um erro simples, a devolução do dinheiro depende de ação imediata. O sistema PIX permite que o banco bloqueie o valor por até 72 horas para análise, mas essa solicitação precisa ser feita logo após o envio. Por isso, agir rapidamente é fundamental.


Além disso, se o destinatário se recusar a devolver o valor, o caso pode se transformar em disputa judicial. Nesse cenário, o apoio de um advogado especializado em direito bancário é essencial para garantir o bloqueio dos valores e responsabilizar quem recebeu indevidamente.


Portanto, mesmo que a devolução não seja automática, existem mecanismos legais e judiciais eficazes para tentar recuperar o dinheiro transferido por engano.

O que fazer imediatamente após enviar um PIX errado?

O primeiro passo é entrar em contato com o banco ou instituição financeira e relatar o erro. Solicite o bloqueio imediato do valor por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso criado pelo Banco Central para tratar casos de fraude ou envio indevido. O pedido precisa ser feito dentro de 24 horas após a transferência.


Em seguida, anote o número do protocolo de atendimento e guarde o comprovante da transação. Esses documentos serão importantes caso seja necessário recorrer judicialmente. O banco fará a comunicação com a instituição que recebeu o PIX para avaliar a possibilidade de bloqueio.


Caso o dinheiro ainda esteja disponível na conta do destinatário, o valor pode ser devolvido diretamente. No entanto, se o beneficiário já tiver sacado ou transferido a quantia, o processo se torna mais complexo e pode exigir intervenção judicial.


Por isso, quanto mais rápido o consumidor agir, maiores são as chances de sucesso. O tempo é um fator determinante para o bloqueio e restituição dos valores.

Quando o banco é responsável por um PIX enviado por engano?

O banco pode ser responsabilizado quando falha em oferecer meios de conferência adequados antes da transferência. Se o sistema apresentar erro, confundir destinatários ou omitir dados relevantes da conta, há falha na prestação do serviço e o cliente pode exigir reparação.


Por outro lado, quando o erro é exclusivamente do usuário — como digitação incorreta da chave ou seleção errada de contato — o banco não tem obrigação automática de devolver o dinheiro. Ainda assim, ele deve auxiliar o cliente na tentativa de recuperação, utilizando o MED e notificando o banco destinatário.


Em São Bernardo do Campo, há decisões judiciais reconhecendo responsabilidade compartilhada, especialmente em casos em que o banco não prestou suporte imediato ou deixou de acionar o mecanismo de devolução no prazo legal.


Por isso, o acompanhamento de um advogado é importante para identificar se houve falha no serviço e se há base jurídica para exigir o reembolso diretamente da instituição financeira.

Como um advogado pode ajudar a reaver um PIX enviado por engano?

O advogado atua solicitando formalmente o bloqueio e a devolução do valor, além de acompanhar todas as etapas junto ao banco e ao Banco Central. Caso o pedido administrativo não seja suficiente, ele ingressa com ação judicial para recuperar a quantia e responsabilizar quem recebeu indevidamente.


Nos casos em que o destinatário se recusa a devolver o valor, o advogado pode requerer liminar de bloqueio de bens ou valores da conta receptora, impedindo o saque enquanto o processo é analisado. Essa medida é eficaz para garantir que o dinheiro não desapareça.


O profissional também avalia se houve falha do banco na prestação do serviço, podendo incluir a instituição financeira no processo. Isso é comum quando o cliente buscou ajuda imediata e não obteve resposta efetiva.


Com orientação jurídica, o consumidor evita perdas permanentes e aumenta as chances de ter o valor restituído, seja por acordo extrajudicial ou decisão judicial.

Provas que ajudam a recuperar um PIX enviado por engano?

  • Comprovante da transferência PIX;
  • Protocolo de atendimento do banco;
  • E-mails ou mensagens trocadas com a instituição;
  • Registro de tentativa de contato com o destinatário;
  • Boletim de Ocorrência (em caso de má-fé do recebedor).


Essas provas mostram que o consumidor agiu de boa-fé e notificou o banco de forma imediata. O advogado utiliza esse material para reforçar o pedido de devolução, demonstrando que houve erro legítimo e tentativa de solução administrativa.



Sem esses documentos, o processo pode demorar mais, pois será necessário solicitar informações diretamente ao banco. Por isso, guardar comprovantes e registros é essencial para o sucesso da recuperação.

Considerações finais

Enviar um PIX por engano é uma situação comum, mas que exige ação rápida e estratégica. O contato imediato com o banco e o acompanhamento de um advogado especializado são as melhores formas de tentar reaver o dinheiro.


O escritório Eron Pereira Advogados, em São Bernardo do Campo, possui ampla experiência em casos de direito bancário e atua com agilidade para recuperar valores transferidos por engano, fraudes ou golpes. Com atendimento personalizado, a equipe garante que o consumidor tenha suporte jurídico completo em todas as etapas.

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